Capim Pé de Galinha com resistência múltipla a herbicidas prejudica o sistema produtivo de grãos
Para mitigar prejuízos em lavouras de algodão, soja, milho e feijão, recomenda-se o controle preventivo da invasora, com aplicações de herbicidas pré e pós-emergentes antes que a cultura comercial se estabeleça
Sobre o Capim Pé de Galinha
O capim Pé de Galinha (Eleusine indica) é uma gramínea que está se alastrando no campo, gerando perdas por matocompetição com algodão, soja e milho. Essa planta daninha deixa produtores em alerta principalmente no cerrado brasileiro. O manejo se torna cada vez mais desafiador em razão do fenômeno da resistência aos herbicidas.
“O surgimento de populações com resistência múltipla vem se agravando e o produtor está preocupado porque tem menos opções de produtos eficientes para controlar o capim Pé de Galinha. Muitos produtores têm a necessidade de utilizar outras técnicas, como o método mecânico. Mas o revolvimento de solo acaba quebrando a dormência de sementes e estimulando a germinação de outras plantas daninhas”, alerta Fabiano Rios, engenheiro agrônomo que atua como Desenvolvimento de Mercado pela Sumitomo Chemical.
Um estudo realizado em 2024 pelo Bio Centro de Pesquisa, conduzido pelo pesquisador Erich Duarte, analisou a matocompetição provocada pela planta daninha e as perdas no cultivo de soja, considerando o nível de infestação entre uma e 12 plantas por metro quadrado. A pesquisa concluiu que uma única planta de capim Pé de Galinha por metro quadrado na lavoura de soja tem o potencial de gerar perdas de 518 quilos da oleaginosa. As perdas são proporcionais aos níveis de matocompetição. Com a presença de duas plantas, a interferência da infestação na produtividade atinge 1.080 quilos. No caso de 12 plantas por metro quadrado, o prejuízo saltaria para 3.024 quilos de soja.
Rápida propagação e resistência
O capim Pé de Galinha se destaca por seu crescimento rápido, podendo atingir uma altura que varia entre 30 e 50 centímetros. Essa gramínea apresenta crescimento prostrado e ramificado, paralelo ao solo, o que lhe confere uma vantagem competitiva. A planta daninha consegue se desenvolver muito bem em ambientes adversos, como nas bordaduras dos talhões e em linhas de tráfego de máquinas, áreas onde normalmente o solo está compactado.
A planta possui uma grande reserva de energia nos colmos achatados, permitindo um desenvolvimento vigoroso e a formação de uma densa população no campo.
“Essa é uma espécie considerada agressiva e que cresce até mesmo em ambientes inóspitos. O produtor precisaria ficar mais atento e fazer um controle com maior frequência porque o capim Pé de Galinha tem germinação muito distribuída ao longo do ano, relacionada com a umidade do solo. Quando chove, há grande probabilidade de germinação da planta daninha”, diz Rios.
Em comparação com outras plantas daninhas preocupantes, como o capim-amargoso e a buva, o capim Pé de Galinha possui uma capacidade de dispersão menor. No entanto, a elevada produção de sementes e a capacidade de adaptação a diversas condições climáticas, especialmente em regiões mais quentes, são fatores que contribuem para a disseminação do capim Pé de Galinha.
A resistência do capim Pé de Galinha aos herbicidas, especialmente ao glifosato e haloxifope, ficou muito evidente em áreas de cultivo de algodão, onde o uso intensivo de herbicidas aumentou a pressão de seleção desta planta daninha. No entanto, com o trânsito de máquinas entre as áreas de cultivo e as dificuldades de controle, as infestações já causam alerta nas culturas da soja, milho e feijão. O capim Pé de Galinha resistente a herbicidas tem sido observado em diversas lavouras no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além da presença em áreas no oeste e noroeste do Paraná.
Manejo eficiente
Recomenda-se a adoção de estratégias de manejo integrado, priorizando o manejo precoce para mitigar os impactos do capim Pé de Galinha nas lavouras de algodão, soja, milho e feijão. A rotação de mecanismos de ação e a conscientização sobre a importância de evitar a seleção de resistência são fundamentais para garantir a longevidade das tecnologias disponíveis atualmente no mercado e a sustentabilidade dos cultivos.
A dessecação pré-plantio da soja é muito importante para reduzir os bancos de sementes e a pressão de plantas daninhas antes do estabelecimento da cultura comercial. As aplicações de herbicidas pré-emergentes, principalmente de produtos formulados com flumioxazina e imazetapir, proporcionam um bom controle preventivo, sem risco de carryover para culturas subsequentes. A Sumitomo Chemical combinou todo o potencial desses dois ativos na composição do seu herbicida ZethaMaxx®, que garante ação residual e alta performance no manejo de amplo espectro de plantas daninhas nas lavouras de soja e amendoim. Saiba mais na página da tecnologia.
Para a aplicação de herbicida pós-emergente, o manejo deve ser realizado idealmente quando o capim Pé de Galinha está em estágios iniciais de desenvolvimento, com um a três perfilhos.
“Quando o capim Pé de Galinha é mal controlado na cultura da soja, acaba se proliferando no cultivo de milho e algodão também. Essa planta daninha é um problema para o sistema produtivo, causando prejuízo e preocupação em diferentes épocas do ano”, afirma Rios.
Confira nosso episódio da série Lavoura Limpa, sobre manejo de plantas daninhas
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