Desafios para o controle de doenças fúngicas na soja
Doenças como a ferrugem asiática e mancha-alvo que causam lesões foliares e provocam desfolha, prejudicam o enchimento de grãos e a produtividade da SOJA.
A ferrugem asiática, também conhecida como ferrugem da soja, foi detectada no Brasil na safra 2000/2001. Desde então, é considerada a doença mais preocupante na cultura. É causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, um microrganismo agressivo que, se não for controlado, pode ocasionar perdas de até 90% em lavouras de soja.
Em decorrência do elevado risco de danos na produtividade, a cada safra, os sojicultores adotam as melhores ferramentas para o manejo da doença e o controle químico, com o intuito de obter um controle eficiente e reduzir as perdas econômicas. O investimento em tecnologias é significativo: o custo de aplicações de fungicidas para combater a ferrugem asiática da soja no Brasil alcançou US$ 2,80 bilhões1 na safra 2018/2019, de acordo com estimativas da Embrapa.
Mesmo adotando todas as medidas disponíveis, não é possível erradicar totalmente a doença. De acordo com o Consórcio Antiferrugem2, iniciativa que monitora a doença no Brasil, nesta safra o Rio Grande do Sul lidera o ranking de ocorrências, seguido pelo Paraná e Bahia.
Desenvolvimento da ferrugem asiática
O fungo Phakopsora pachyrhizi é biotrófico, ou seja, necessita de um hospedeiro vivo para se desenvolver e reproduzir. O ciclo da ferrugem asiática tem início quando há a disseminação de esporos. Os esporos, produzidos pelo fungo em plantas de soja ou em plantas hospedeiras, podem ser disseminados facilmente com o vento para novas áreas e se depositam sobre as folhas de plantas sadias. Ao encontrar as condições ideais de temperatura e molhamento foliar, os esporos germinam, emitem o tubo germinativo e penetram na folha, iniciando a colonização nos tecidos da planta.
A doença provoca lesões com 2 a 5 milímetros de coloração marrom-claro e surgimento de pontos escurecidos nas folhas. À medida que a ferrugem evolui, o fungo desenvolve estruturas de reprodução, chamadas de urédias, e produz novos esporos, capazes de reiniciar o ciclo3. O resultado desse processo é uma rápida propagação da doença, comprometendo o tecido foliar da planta, que pode causar a queda prematura das folhas da soja e reduzir o potencial produtivo. De acordo com Tiago Zanatta, pesquisador de fungicidas da Sumitomo Chemical, a perda precoce de folhas reduz a produção de fotossíntese, impossibilitando e enchimento normal dos grãos o que resulta em menor produção, causando perdas econômicas na cultura.
Um grande problema é que a ferrugem asiática é uma doença policíclica. Isso significa que ela pode completar vários ciclos e se disseminar por longos períodos já que, após o fim da safra comercial, o fungo ainda pode continuar sobrevivendo e se reproduzindo em plantas guaxas.
É por essa razão que existe no Brasil o vazio sanitário da soja4. Trata-se de um período de 60 a 90 dias durante a entressafra que proíbe a manutenção de plantas de soja vivas no campo. O objetivo é interromper o ciclo de vida do fungo, reduzindo o inóculo inicial da doença, além de retardar o desenvolvimento de resistência. No entanto, para que essa medida sanitária cumpra seu papel, ela deve ser respeitada coletivamente. Se um agricultor não respeita o vazio sanitário da soja, pode colocar em risco a sanidade de lavouras vizinhas.
Manejo para controlar doenças fúngicas na soja
A produção de soja também pode ser ameaçada por outras doenças como, por exemplo, a mancha-alvo, provocada pelo fungo Corynespora cassiicola. Essa doença gera manchas foliares circulares com até dois centímetros de diâmetro e um ponto negro no centro. A doença provoca desfolha e perdas de produtividade de até 40% nas lavouras5.
Para proteger as lavouras de soja de tantas ameaças, tendo em mente principalmente a ferrugem asiática, o sojicultor deve realizar um manejo responsável e racional. Além de respeitar o vazio sanitário da soja, as recomendações incluem optar por variedades de soja que tenham um ciclo mais curto, respeitar a janela de plantio em conformidade com o zoneamento climático, realizar aplicações preventivas de fungicidas, respeitando o intervalo entre as aplicações e o número máximo de aplicações por ciclo da cultura, rotacionar produtos com diferentes mecanismos de ação, utilizar fungicidas multissítios e investir em tecnologias de aplicação para promover uma eficiente distribuição do fungicida na área tratada.
Para aprimorar o manejo da soja, em breve, os sojicultores poderão se surpreender com um novo fungicida. Vem aí uma nova era para o controle da ferrugem asiática! A Sumitomo Chemical vai lançar uma solução inovadora eficaz para o controle das principais doenças fúngicas que incidem na cultura da soja, permitindo que a lavoura chegue ao fim da safra com plantas sadias, apresentando maior área foliar e maior produtividade. Fique ligado nos canais de Comunicação da Sumitomo Chemical para conhecer essa novidade no segundo semestre de 2021.
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Referências:
1 Custo ferrugem, informações sobre a ocorrência da ferrugem-asiática e perdas pela doença nas safras de soja, disponível em: <http://acacia.cnpso.embrapa.br:8080/cferrugem_files//764411951/Tabela_resumo_ferrugem_atual.pdf/>.
2 Ferrugem em números, disponível em: <http://www.consorcioantiferrugem.net/#/numeros>.
3 Coletor de esporos: descrição, uso e resultados no manejo da ferrugem asiática da soja, disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/220504/1/Circ-Tec-167.pdf/>.
4 Mapa publica zoneamento das culturas da soja e do girassol, disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/mapa-publica-zoneamento-das-culturas-da-soja-e-do-girassol>.
5 Eficiência de fungicidas para o controle da mancha-alvo, Corynespora cassiicola, na cultura da soja, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos, disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1123555/1/Circ-Tec-159-de-2020.pdf/>.
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