Uso otimizado de colheitadeiras reduz perdas de soja
Dessecação pré-colheita, adequada limpeza e regulagem das máquinas reduzem perdas de grãos na colheita e ainda podem mitigar outros riscos fitossanitários.
O tráfego de máquinas agrícolas é intensificado no campo entre os meses de dezembro e março, período que representa a janela de colheita da soja na maioria das regiões produtoras. A produtividade e qualidade dos grãos vão refletir os cuidados de manejo ao longo de toda a safra. No entanto, há recomendações específicas para otimizar as operações de colheita.
De acordo com Leonardo Burtet, Engenheiro Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado da Sumitomo Chemical Latin America, o fator primordial que deve ser observado é o ponto de maturação da lavoura. As plantas de soja devem ter ultrapassado o estádio R7.2, apresentando vagens maduras, com coloração geralmente marrom ou palha e umidade ideal em torno de 13%.
No entanto, nem sempre todas as plantas atingem o ponto de maturação natural ao mesmo tempo. Ao colher uma área, o produtor ainda pode se deparar com plantas verdes de soja. “Os grãos verdes ficam mais sensíveis aos danos mecânicos quando passam pelo sistema de trilhas da colheitadeira e podem se tornar impurezas, reduzindo a renda do produtor na hora da entrega da soja”, explica Burtet.
Para minimizar esse problema, uma prática possível é investir em dessecação pré-colheita. A prática atua na maturação artificial da soja, promovendo a uniformização da lavoura, o que deixa a área preparada para uma colheita mais eficiente. Além disso, a dessecação traz outros benefícios, como o manejo de plantas daninhas.
Controlar as plantas daninhas é fundamental para prevenir o “embuchamento”, que ocorre quando as invasoras avançam no interior da colheitadeira e comprometem a operação. “O embuchamento pode causar sérios danos na máquina, estando relacionado à presença de plantas daninhas na área ou umidade em excesso que provoca uma dificuldade de operação da plataforma de corte”, esclarece o agrônomo.
Segundo Burtet, a dessecação pré-colheita contribui no manejo de plantas daninhas tanto para a semeadura da cultura posterior quanto na gestão das operações de colheita, caso o produtor precise maturar a soja em algumas áreas antecipadamente. “Produtores mais técnicos fazem a dessecação para otimizar a colheita. É uma tática determinante para atingir a maturidade fisiológica com boa uniformização de lavoura, com aceleração do ciclo da planta se desejado. A adoção da dessecação pode ser mais explorada e colaborar para o manejo de plantas daninhas principalmente em áreas de cultivo do milho safrinha”, afirma.
Cuidados com a colheitadeira
As colheitadeiras representam a máquina agrícola de maior porte, que chamam a atenção pela imponência no campo, exibindo plataformas de corte com até 62 pés, cerca de 19 metros de comprimento. Essas máquinas requerem adequada manutenção, limpeza e calibragem.
“Os produtores precisam fazer uma revisão geral do maquinário antes da colheita, observar os desgastes dos componentes para a troca das peças na hora certa, além de ter cuidados básicos com o sistema de correias e a lubrificação”, orienta Burtet.
Outra dica importante é limpar a máquina com mais frequência. Segundo Burtet, as máquinas podem transportar plantas daninhas, sementes e nematoides de uma área para a outra, gerando prejuízos nas safras seguintes. “As máquinas podem causar uma disseminação muito grande de sementes de plantas daninhas, principalmente de caruru na região Sul e, no Cerrado, de capim amargoso”, alerta o especialista.
Por isso, a limpeza é crucial para mitigar esses riscos de avanço das infestações. “É importante fazer a limpeza da colheitadeira com um soprador em todos os dias de operações e sempre que houver mudança de talhão”, diz o agrônomo.
Além disso, as operações de colheita precisam ser planejadas com o objetivo de facilitar a logística. Para evitar acidentes como incêndios e prejuízos com paradas de maquinário, é importante traçar rotas de colheita com distanciamento dos fios da rede elétrica e trafegar com mais cuidado em áreas de terreno acidentado.
Velocidade adequada
Após a colheita da soja, geralmente a mesma área já cede espaço para a entrada das plantadeiras que vão semear o milho safrinha. Além disso, as condições climáticas podem desafiar o calendário de operações. Se chove muito, a colheita atrasa, por exemplo, e pode comprometer o plantio do milho safrinha dentro do zoneamento climático estabelecido.
Por isso, o produtor precisa ter flexibilidade para lidar com imprevistos sem prejudicar a qualidade das operações. “É recomendável buscar o escalonamento de plantio de soja e escolher cultivares com diferentes ciclos para trabalhar de forma mais racional e flexível. Isso trará uma colheita escalonada para mitigar riscos”, orienta o especialista.
Mesmo com a corrida para retirar a soja e plantar o milho, é essencial operar em ritmo adequado. “A velocidade ideal é de até seis quilômetros por hora, trabalhando com altura de corte de um a dois centímetros”, orienta Burtet. “Colher em alta velocidade intensifica a queda de grãos no solo. Por outro lado, operar em baixa velocidade compromete a eficiência da plataforma de corte e os grãos podem sofrer danos.”
As condições climáticas e características do solo influenciam na regulagem da colheitadeira, então a operação deve ser monitorada com zelo. “Hoje em dia, as máquinas têm sistemas mais inteligentes que conseguem fazer alguns ajustes automaticamente. Mesmo assim, os produtores ainda perdem muitos grãos na colheita”, alerta Burtet.
Além da possível redução da renda do sojicultor, os grãos de soja que vão ficando pelo caminho trazem prejuízos indiretos pois podem gerar plantas voluntárias de soja que, na safra seguinte, vão gerar matocompetição com o milho, cumprindo papel de erva daninha na safrinha.
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